Inconformada e muito triste, revoltada com a vida erroneamente interroguei ao Senhor “ Deus ! Porquê eu? Que foi que fiz para merecer tanto? - Perguntas e lamentações continuaram dia após dia e nada. Não esqueço das colegas de trabalho, o apoio de todas, os colegas do sexo masculino, foram poucos, ouviram minhas lamentções e desespero, sofreremos junta(o)s; uma em especial (EGS), mais que colega e amiga, uma irmã.
Cinco dias no hospital, enfim a tão esperada alta hospitalar, em 26.05.00. Alguém muito especial (A M. ), ligou pedindo para esperar, quero te levar em casa, disse ela, logo depois chegou ansiosa e mais nervosa que eu, passamos pela farmácia N.S. de Fátima, a fim de aviar a primeira receita já como portadora de E.M. Enfim em casa, minha cama parecia mais macia que nunca.
Começa então a ingestão de remédios, o famigerado Miticortem, em doses altíssimas: os três 1°s. dias (27,29 e 31.05.00) 60 mg, depois as doses foram diminuindo gradativamente, de modo que a ultima dose ministrada em 29.06.00 era apenas 0,25 mg,; ia me esquecendo de dizer que durante todo esse período foi ingerido 01 comprimido de Antak (p/ o fígado) de 150 mg. Em intervalos de 12/12 horas e todas as noites 01 comprimido de Fluoxetina 20 mg. Após todo cuidado a recomendação do sempre amável e admirável Dr. Anderson ( voltou a ser anjo) - vá para um local menos visitado por seus amigos e colegas, descanse e aproveite para pensar, refletir um pouco sobre a sua patologia e verá que o mundo não acabou. Difícil foi decidir se avisava o meu filho L.E, estudando na Universidade Federal em João Pessoa / Paraíba, curso de “Tecnologia em Telecomunicações”, época de provas. Demos um tempo e a notícia foi inevitável, seu pai o avisou de maneira brusca ainda para piorar a situação, o mesmo abandonou o curso, e retornou para Cuiabá, outro vestibular e agora cursa Direito na UFMT.
Sua tia M. de L. ( Marica), que o acompanhava acabou retornando, a qual me faz companhia sempre, presta maior apoio.
Segui exatamente a recomendação médica , quinze dias no sítio de meus primos ( Z/S), sempre acompanhada da irmã Neta (alcunho) aos quais devo agradecer sempre, Neta,essa ouviu minha revolta, lamentos, angustias e frustrações, nunca reclamou pelo contrario, contradizia com palavras de conforto buscando me fazer entender e aceitar o que me foi imposto pela vida.
Dias se passaram, o choque inicial do primeiro impacto se afastou e a calmaria pouco a pouco retornou, as idéias aclararam, tomei consciência dos fatos e a rotina voltou, cheguei em casa retomei meus afazeres de mãe e dona de casa, procurei o Doutor Anderson e procurei saber algo mais sobre a minha verdadeira condição patológica ou enfermidade e começou a peregrinação em busca de tratamento, diante de tal situação imediatamente informei ao Órgão em que trabalho, bola pra frente, assim continua a vida, agora com mais moderação e qualidade, mudei hábitos alimentares e certos costumes, desde então
Contradição: Não posso me esforçar para não fadigar, mas não posso parar de exercitar, para não atrofiar os nervos.
Vigorava a lei do menor esforço já que a condição me exige. Andei percebendo ficar doente não foi de tudo tão ruim, uniu a família, senti a presença de pessoas maravilhosas de diversas religiões rezando e orando, pedindo a Deus por mim, foram tantos os pedido que o Senhor Deus nos ouviu; eu nem de longe imaginava que era tão querida, a presença de Deus a partir de então se tornou presente em minha vida e a mudou para melhor, me sinto mais forte, mais realizada e consequentemente mais feliz.
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